Equipe empresarial reunida ao redor de uma mesa discutindo prevenção do assédio moral no ambiente de trabalho, com gráficos e documentos visíveis

Assédio moral no ambiente de trabalho é um tema que, aos poucos, ganha a atenção merecida, especialmente com as exigências da NR-1. Nós do Pesquisa NR1 acompanhamos de perto a evolução das obrigações legais e a realidade dentro das empresas brasileiras. Por isso, acreditamos que promover ambientes psicologicamente seguros é um compromisso coletivo e estratégico.

Nesse artigo, dividimos em cinco etapas claras o caminho para prevenir e evidenciar o assédio moral, integrando o tema ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) com uma abordagem prática, mensurável e em conformidade com a legislação.

1. Compreender o conceito e reconhecer ocorrências

Antes de pensar na prevenção, precisamos alinhar o entendimento sobre o que de fato é o assédio moral no trabalho. Não se trata apenas de conflitos pontuais ou de cobranças rígidas relacionadas à produtividade. Falamos de situações repetidas em que um trabalhador é exposto a constrangimentos, humilhações ou isolamento, afetando sua saúde e seu desempenho.

  • Comentários ofensivos frequentes
  • Atribuição de tarefas incompatíveis com a função
  • Exclusão deliberada de reuniões ou decisões
  • Críticas públicas e constrangedoras de modo recorrente

Nossa experiência mostra que, muitas vezes, esse tipo de comportamento é confundido com “pressão normal do trabalho”. Reconhecer os sinais e distinguir os limites é o primeiro passo para agir de fato contra o assédio. Aproveitamos para sugerir uma leitura sobre os principais sinais de que uma empresa ignora riscos psicossociais em nosso blog.

2. Incluir o assédio moral no PGR e nas avaliações de riscos psicossociais

Com a atualização da NR-1, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) exige que as empresas considerem não só perigos físicos, químicos e biológicos, mas também fatores psicossociais. Aqui, incluir o assédio moral como risco ocupacional não é uma escolha, mas uma obrigação legal.

No Pesquisa NR1, observamos que mapear riscos psicossociais exige abordagem específica, pois dependem de percepção e contexto. Por isso, recomendamos:

  1. Consultar fontes documentais, relatos e registros internos
  2. Aplicar pesquisas de percepção entre os trabalhadores
  3. Incorporar o tema nas discussões de saúde e segurança
  4. Documentar os achados no PGR, classificando o risco
  5. Atualizar periodicamente o mapeamento
Riscos psicossociais não são invisíveis se olhamos de perto.

Acesse mais detalhes sobre como a NR-1 aborda o gerenciamento desses riscos diretamente no nosso blog.

3. Construir uma política clara e canais seguros de denúncia

A evidência do assédio mora nos processos e nos registros. Quando a empresa possui normas claras, canal adequado para denúncias e orienta as equipes, as situações são apuradas de forma responsável e com menor impacto.

Construímos políticas antiprecatórias em muitos clientes. Aprendemos que uma política deve ser fácil de ler, conhecida por todos e vivida no dia a dia. E sempre precisa incluir:

  • Linguagem clara e objetiva sobre o que é e o que não é assédio moral
  • Procedimentos para denúncia com sigilo garantido
  • Compromisso público da alta direção com o tema
  • Garantia de não retaliação aos denunciantes

Os canais seguros de denúncia podem ser digitais ou presenciais. O mais importante é que conquistem a confiança dos trabalhadores. Indicadores de efetividade devem ser revisitados regularmente, especialmente após treinamentos ou campanhas.

4. Monitorar dados, analisar resultados e agir

Dashboard de resultados de pesquisa sobre assédio moral no ambiente de trabalho

Não basta coletar relatos e aguardar pela ocorrência de casos mais graves. O monitoramento ativo, com análises quantitativas e qualitativas, permite decisões rápidas e direcionadas. É aqui que os relatórios e dashboards visuais do Pesquisa NR1 fazem toda a diferença, mas separamos recomendações práticas que servem para todos:

  1. Mensurar para intervir: Periodicamente, aplique pesquisas de clima organizacional e percepção de riscos psicossociais. Lembre-se: anonimato e confiabilidade contam muito para a qualidade das respostas.
  2. Transformar dados em ação: Relatórios interativos, como dashboards, permitem identificar padrões e áreas críticas, orientar treinamentos e campanhas, e registrar o histórico das intervenções.
  3. Sinalizar para auditorias: Estruture os dados para atender auditorias e demandas de órgãos governamentais, como o eSocial. Resultados claros demonstram o compromisso da empresa com o combate ao assédio.

Tem interesse em saber mais sobre o papel do GRO na auditoria trabalhista? Veja nosso conteúdo exclusivo sobre riscos psicossociais e auditoria.

5. Promover conscientização e cultura de respeito

Nunca basta apenas reagir a casos. No Pesquisa NR1, reforçamos: é pelo exemplo cotidiano e comunicação contínua que o assédio deixa de ser tolerado informalmente. Para fortalecer uma cultura saudável, sugerimos:

  • Treinamentos regulares com todos os níveis hierárquicos
  • Integração do tema nas ações da CIPA e diálogos de segurança
  • Divulgar situações-modelo (sem identificar pessoas) para ilustrar o que pode ser considerado assédio
  • Valorizar o respeito, a escuta e a colaboração diária
O respeito mútuo começa nos pequenos gestos do dia a dia.

Não esqueça de atualizar periodicamente as ações, pesquisando tendências e escutando atentamente a equipe. Um ambiente mais seguro começa quando todos sentem que fazem parte do processo de transformação. Temos uma série de conteúdos sobre riscos psicossociais que podem ajudar a aprofundar esse tema em nosso blog, especialmente na categoria de riscos psicossociais.

Equipe de trabalho em ambiente saudável e respeitoso

Resultados esperados e próximo passo

Ao integrar essas cinco etapas ao seu GRO, você estará não só cumprindo a legislação, mas, principalmente, promovendo saúde e respeito. Os dados colhidos geram indicadores úteis tanto para ações internas quanto para evidência perante órgãos oficiais.

No Pesquisa NR1, acompanhamos a evolução das práticas e tendências, transformando obrigações formais em diagnósticos visuais, confiáveis e acionáveis. Quando o assédio moral é prevenido e evidenciado de modo correto, ganha o time, ganha a empresa, e principalmente, ganha a sociedade. Se você busca inspiração, acesse também nossos debates na categoria de psicossocial em nosso blog.

Cuidar das pessoas é cuidar dos resultados.

Agora que você conhece nosso método para prevenir e evidenciar o assédio moral pelo GRO, convidamos você a conhecer melhor nossa plataforma e soluções em pesquisanr1.com.br. Transforme a obrigação legal em avanço da cultura organizacional junto conosco.

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Victor Sponchiado

SOBRE O AUTOR

Victor Sponchiado

Victor Sponchiado é especialista apaixonado por transformar dados e metodologias em soluções práticas para ambientes corporativos mais saudáveis e seguros. Com experiência em comunicação, tecnologia e consultoria, dedica-se a auxiliar empresas na implementação de estratégias para o diagnóstico e gerenciamento de riscos psicossociais, sempre alinhado às exigências legais da NR-1. Victor acredita que informação visual e inteligência de gestão são aliadas essenciais para promover qualidade de vida no trabalho.

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