Já vi de perto a diferença que uma boa gestão de riscos faz dentro das empresas. Com as mudanças na NR-1, a atenção aos riscos psicossociais se tornou uma peça-chave dentro da auditoria trabalhista, mas muitos gestores ainda se perguntam: como transformar as diretrizes do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) em algo realmente aplicável e mensurável quando falamos de saúde mental e relações no trabalho? É sobre isso que quero conversar hoje, misturando experiência, exemplos do cotidiano e uma dose de sinceridade sobre desafios e avanços que presenciei trabalhando com o Pesquisa NR1.
Entendendo o que é GRO e riscos psicossociais
Começando do básico, o GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) surgiu como um compromisso com a segurança e saúde do trabalho mais concreta, baseada não só no papel, mas em ações e diagnósticos de verdade no dia a dia. Em vez de protocolos engessados, o GRO determina um fluxo contínuo de identificação, análise, avaliação e controle de riscos. Mas, ao falar de riscos psicossociais, tudo ganha uma camada a mais de desafio.
Nem sempre o que é invisível deixa de fazer estragos silenciosos.
Estresse crônico, assédio moral, sobrecarga, relações conflituosas, pressão por desempenho, são alguns exemplos que acompanho e vejo relatados em levantamentos com clientes. O GRO obriga as empresas a não enxergarem essas questões como meros “problemas de comportamento” ou tabus, mas como fatores reais de risco ocupacional.
Por que o GRO virou foco nas auditorias trabalhistas?
De uns anos para cá, recebi ligações de empresas assustadas porque “agora tem auditoria que pede prova do controle do risco psicossocial”. Isso de fato aconteceu porque as Normas Regulamentadoras se atualizaram para responder à evolução da sociedade, temos outras demandas hoje, afinal. O GRO passou a ser critério de análise objetiva da Auditoria Fiscal do Trabalho. Hoje, não basta falar que faz: é preciso comprovar na prática as ações, os diagnósticos e os resultados em relatórios auditáveis.
O auditor chega, acessa documentos, conversa com funcionários, solicita registros. Ele quer provas:
- Do levantamento dos fatores psicossociais de risco
- Dos métodos aplicados para identificar percepções
- Das medidas corretivas implementadas
- Da participação dos colaboradores
É curioso como, no início do GRO, muitos achavam que “não ia pegar”. Hoje, vejo empresas correndo para se organizar, já que penalidades existem e podem ser graves, mas, acima de tudo, porque a falta de controle nestes riscos pode custar caro em processos, adoecimentos e clima organizacional.

Como o GRO funciona dentro dos riscos psicossociais?
Se tem algo que aprendi depois de muitos projetos com o Pesquisa NR1, é que o principal desafio está antes do relatório: começa lá na escuta genuína dos trabalhadores. O processo segue normalmente este roteiro:
- Identificação dos riscos psicossociais (questionários, entrevistas, grupos focais);
- Análise dos dados: aí entra a inteligência do GRO com plataformas, como a nossa, que transformam informações subjetivas em indicadores visualmente claros;
- Avaliação dos impactos: é aqui que enxergamos tendências, setores mais críticos, padrões de adoecimento ou insatisfação;
- Implementação de ações: treinamento de líderes, revisão de processos, canais de denúncia, apoio psicológico;
- Monitoramento contínuo e revisão: afinal, ambiente saudável é tarefa permanente.
Quando o auditor olha esse passo a passo, ele pode verificar, por exemplo, relatórios do Pesquisa NR1 que trazem índices, gráficos e evidências concretas das ações implementadas. O que era subjetivo passa a ser controlável, e é isso que faz o GRO ser tão potente neste campo, tornando empresas menos expostas a surpresas desagradáveis na auditoria trabalhista.
Quais são as evidências exigidas pela fiscalização?
Durante uma auditoria, já vi situações em que o simples questionamento dos fiscais sobre conduta de liderança, assédio, jornadas e conflitos expôs falhas sérias nas empresas. O que o GRO propõe é:
- Mapeamento formal dos fatores de risco psicossocial
- Planos de ação específicos e acompanhados
- Relatórios visuais e atualizados de evolução dos indicadores
- Documentação das estratégias implementadas
- Feedbacks e registros de melhorias no ambiente de trabalho
Ao implementar as soluções da Pesquisa NR1, por exemplo, tenho visto empresas conseguirem mostrar dashboards e relatórios prontos não só para a auditoria, mas também como ferramenta de gestão diária, mal comparando, como um “painel de bordo da saúde organizacional”. Isso faz diferença, de verdade.
O desafio de mensurar o que parece subjetivo
Muita gente acredita que mensurar riscos psicossociais é só uma questão de aplicar um questionário anônimo. Desconfio sempre que ouço respostas fáceis. Na prática, há nuances. Os instrumentos precisam ser sensíveis, a comunicação transparente, o ambiente precisa demonstrar confiança. Se o clima é de medo, os resultados nunca vão espelhar a realidade.
No Pesquisa NR1, transformamos dados brutos em mapas de calor e gráficos que apontam setores, equipes, momentos críticos. Quando as lideranças enxergam isso, é como olhar no espelho: ignore e o problema cresce, enfrente e a cultura muda.
Consequências de não atender o GRO psicossocial nas auditorias
Costumo dizer que o custo de não agir é sempre maior. A ausência de um gerenciamento adequado já resultou em autos de infração, ações trabalhistas, aumento de licenças por afastamento e, inevitavelmente, repercussão negativa para a imagem da empresa. Em contrapartida, há ganhos reais: equipes mais engajadas, redução de conflitos e, com o tempo, redução de processos judiciais. Essa parte nem sempre aparece nos relatórios, mas quem vive a rotina do RH percebe a diferença.

Como transformar o GRO em cultura e não apenas em obrigação
Já presenciei empresas que só falavam em GRO nas vésperas da auditoria. Geralmente, esse modelo não se sustenta. O que muda o jogo é trazer o gerenciamento dos riscos psicossociais como parte da rotina: reuniões, comunicação interna, treinamentos e escuta constante. O conteúdo aprofundado sobre riscos psicossociais mostra exemplos e estratégias para fazer dessa abordagem algo natural, não só protocolar.
Outro ponto é revisar políticas, adaptar jornadas, oferecer canais seguros de denúncia e criar indicadores claros no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), como abordo em vários textos da categoria gestão de riscos do blog do Pesquisa NR1.
Onde buscar mais informação sobre compliance e saúde ocupacional?
Ninguém precisa enfrentar o desafio sozinho. Para quem precisa se aprofundar em detalhes legais, cases, ou orientações de regularização, recomendo acompanhar a categoria de compliance do nosso blog, que sempre traz reflexões e atualizações importantes sobre legislação e práticas do dia a dia. E para quem quer entender mais de saúde ocupacional como um todo, com foco em aspectos mentais, fiquem atentos às postagens da categoria de saúde ocupacional.
Quer saber como o seu próprio ambiente se encaixa nessas discussões? A busca do blog pode ajudar a encontrar estudos, dicas ou artigos específicos para diferentes setores e realidades.
Conclusão: de obrigação a diferencial
Depois de tantos projetos, reuniões com equipes de SST e conversas com trabalhadores, chego à conclusão de que o GRO aplicado a riscos psicossociais não precisa ser só um peso regulatório. É, cada vez mais, uma porta para ambientes de trabalho mais saudáveis, transparentes e produtivos. Investir nessa gestão é investir na saúde das pessoas e na perenidade dos negócios.
O GRO bem aplicado é o caminho para auditorias tranquilas e empresas mais saudáveis.
Se quiser transformar o seu ambiente de trabalho com diagnóstico real, dashboards visuais e conformidade garantida, convido você a conhecer a plataforma Pesquisa NR1. Sua empresa e equipes só têm a ganhar.
Perguntas frequentes
O que é o GRO em riscos psicossociais?
O GRO em riscos psicossociais significa aplicar o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais para identificar, avaliar e tratar fatores como estresse, assédio, sobrecarga e conflitos no ambiente de trabalho. Isso vai além dos acidentes físicos e foca também no bem-estar emocional dos colaboradores, exigindo planos de ação claros e monitoramento eficiente.
Como o GRO atua na auditoria trabalhista?
Durante uma auditoria trabalhista, o GRO serve como base para comprovar que a empresa efetivamente gerencia riscos psicossociais. Apresentam-se evidências como mapas de riscos, relatórios de diagnósticos, registros de ações e programas desenvolvidos para tratar esses fatores. O auditor verifica não só documentos, mas a vivência dos trabalhadores, buscando coerência entre teoria e prática.
Quais os benefícios do GRO para empresas?
Empresas que aplicam o GRO reduzem processos judiciais, afastamentos por saúde mental e melhoram o engajamento e clima interno. Além disso, ficam mais preparadas para auditorias e fortalecem a imagem como lugares seguros e saudáveis para se trabalhar.
GRO é obrigatório para riscos psicossociais?
Sim, a legislação determina que o GRO inclua riscos psicossociais, considerando os fatores que afetam a saúde mental. A omissão pode gerar multas, processos e danos à reputação da empresa, além de problemas sérios no ambiente laboral.
Como implementar o GRO em auditorias?
Comece mapeando os riscos psicossociais por pesquisas e escuta ativa. Transforme dados em relatórios visuais e indicadores. Atue com planos de ação e faça revisões frequentes. Plataformas como o Pesquisa NR1 podem ajudar a tornar o processo mais simples, documentado e eficaz para auditorias trabalhistas.

 
						 
								 
								