Profissionais em reunião analisando gráficos e dados sobre riscos psicossociais no ambiente de trabalho

Quando comecei a estudar o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e as exigências da NR-1, percebi o grande desafio que as empresas enfrentam ao lidar com riscos psicossociais. Esse tema sempre pareceu “abstrato”. Sabe quando você sente que todo mundo fala sobre saúde mental no trabalho, mas ninguém mostra, de fato, como transformar preocupação em ação? Passei por esse dilema e, ao longo do tempo, aprendi como montar um PGR simples, mas realmente útil, focado nesses riscos que impactam tanto as equipes.

Meu objetivo neste artigo é dividir o passo a passo, trazer exemplos, contar experiências e mostrar, de forma prática, como qualquer empresa pode criar seu próprio Programa de Gerenciamento de Riscos voltado para o universo psicossocial, ainda que o time de SST seja enxuto ou a empresa esteja apenas começando nesse tema. Vou explicar como usar ferramentas e metodologias, como a Pesquisa NR1 faz, para sair da teoria. E, claro, indicar leituras complementares, como as categorias psicossocial e gestão de riscos disponíveis em nosso portal.

Por onde começar o PGR psicossocial?

Minha opinião: nada adianta começar com um documento bonito e extenso. O simples funciona melhor. Primeiro, é preciso compreender quais são os riscos psicossociais no ambiente de trabalho e porque a NR-1 obriga que eles sejam monitorados.

Muitos riscos psicossociais não aparecem nas estatísticas, mas causam os maiores danos silenciosos.

Esses riscos envolvem fatores como excesso de cobrança, problemas de relacionamento, situações de assédio, jornadas exaustivas e tudo que pode afetar a saúde mental das equipes. No nosso conteúdo de saúde ocupacional, costumo apontar que abordar esses temas exige escuta ativa e um olhar genuinamente humano.

Primeiros passos práticos

  1. Entender o contexto: observar comportamentos e ouvir relatos de pessoas.
  2. Consultar a legislação (NR-1 e NR-9): identificar o que é exigido para o PGR, principalmente em relação ao GRO e riscos psicossociais.
  3. Reunir o time responsável: geralmente, RH e Saúde e Segurança do Trabalho.
  4. Definir ferramentas e instrumentos de pesquisa (questionários, rodas de conversa, etc).
Equipe de trabalho analisando dados em gráficos coloridos em escritório moderno

Montando o PGR psicossocial de forma simples

Eu, particularmente, valorizo processos objetivos. Por isso, recomendo dividir o PGR em etapas claras:

1. Identificação dos perigos psicossociais

  • Observar o ambiente e conversar com equipes diferentes.
  • Aplicar questionários validados (existem modelos gratuitos ou você pode contar com plataformas como a Pesquisa NR1, que já oferecem instrumentos prontos).
  • Registrar categorias de perigos, como: estresse crônico, conflitos interpessoais, comunicação ineficaz, sobrecarga de tarefas, assédio ou discriminação.

Gosto de exemplificar: em um cliente recente, só percebi o problema de assédio moral porque três pessoas descreveram situações parecidas em entrevistas. Nenhum documento formal apontava isso antes da pesquisa.

2. Avaliação dos riscos

Após identificar os perigos, eu sempre passo para a avaliação, que exige sensibilidade e metodologia. Recomendo:

  • Coletar percepções dos trabalhadores sobre frequência e gravidade.
  • Analisar dados quantitativos (presença de atestados médicos, absenteísmo, rotatividade).
  • Cruzar as informações para definir o grau de risco.

Costumo utilizar uma planilha visual, que ajuda a enxergar rapidamente onde estão os pontos críticos. Muitos clientes da Pesquisa NR1 se surpreendem quando percebem o cenário completo através de dashboards interativos.

3. Definição de ações para controle

A parte das ações precisa ser prática. Eu prefiro criar um plano enxuto, dividido em ações de curto, médio e longo prazo.

  • Curto prazo: rodas de conversa, comunicação aberta, treinamentos rápidos.
  • Médio prazo: revisão das políticas internas, desenvolvimento de lideranças.
  • Longo prazo: mudanças estruturais, inclusão de programas permanentes de bem-estar.

Uma ação simples já representa um avanço para reduzir riscos psicossociais.

4. Monitoramento e revisão contínua

No mundo real, o PGR nunca fica “pronto” de verdade. Eu aprendi que o segredo é revisar regularmente: levantar, checar, ajustar. Um ciclo constante. Ferramentas como relatórios visuais e indicadores do Pesquisa NR1 ajudam a enxergar tendências e tomar decisões rapidamente.

Dashboard colorido mostrando indicadores de saúde mental nas empresas

Exemplo simples de PGR psicossocial

Compartilho um resumo que costumo usar:

  • Levantamento dos perigos: Aplicação de questionário online entre todos os setores.
  • Avaliação de riscos: Análise dos resultados por segmento (nível, setor, sexo, etc.). Uso de planilha para identificação dos pontos críticos.
  • Plano de ação:
    • Realizar uma campanha de comunicação interna sobre respeito interpessoal.
    • Agendar reuniões com liderança para abordar conceitos de empatia.
  • Monitoramento: Coletar feedback a cada seis meses e ajustar o plano.
  • Relatórios: Envio de indicadores para órgãos reguladores e para a diretoria.

Esse é o tipo de estrutura que detalho em conteúdos como avaliar riscos psicossociais em empresas. Lembro sempre que não basta só cumprir tabela: o objetivo maior é criar um ambiente psicologicamente seguro e saudável.

Ferramentas e recursos que recomendo

Além dos próprios modelos e planilhas, é fundamental investir em capacitação contínua e buscar referências em plataformas confiáveis. O Pesquisa NR1 nasceu da minha experiência em mapear riscos psicossociais e criar relatórios visuais que facilitam a tomada de decisão. O diferencial, na minha vivência, está em conseguir resultados mensuráveis. Mas não deixe de consultar também materiais disponíveis em outras categorias, por exemplo, explorando exemplos práticos no contexto do GRO.

Se não medirmos, nunca saberemos onde melhorar.

Conclusão

No meu ponto de vista, montar um PGR centrado nos riscos psicossociais não precisa ser burocrático. Ao se apoiar em ferramentas simples, agir com sensibilidade e garantir o monitoramento contínuo, qualquer empresa pode transformar os requisitos legais da NR-1 em estratégias reais para melhorar o ambiente de trabalho.

A Pesquisa NR1 está à disposição para te apoiar nesse caminho, transformando dados em inteligência, ajudando sua empresa a promover um ambiente psicologicamente saudável e seguro. Se deseja conhecer melhor nosso trabalho, as metodologias e os recursos que oferecemos, entre em contato e veja como simplificar o PGR psicossocial pode (de verdade) fazer diferença no dia a dia da sua equipe.

Perguntas frequentes sobre PGR psicossocial

O que é um PGR para riscos psicossociais?

Trata-se do Programa de Gerenciamento de Riscos com foco nos fatores psicossociais que podem afetar o ambiente de trabalho. Ele identifica, avalia e propõe ações para minimizar situações como assédio, sobrecarga, estresse, conflitos e outros fatores que impactam a saúde mental dos colaboradores.

Como montar um PGR simples?

Eu recomendo: 1) identificar os riscos psicossociais conversando com equipes e aplicando questionários, 2) avaliar esses riscos de acordo com o grau de impacto e frequência, 3) traçar ações práticas para minimizar ou eliminar cada risco, e 4) acompanhar periodicamente os resultados, ajustando o plano conforme necessário.

Quais são os principais riscos psicossociais?

Os mais comuns são: estresse ocupacional, assédio moral ou sexual, comunicação ineficaz, sobrecarga de trabalho, conflitos interpessoais, violência psicológica e discriminação. Cada contexto traz diferentes fatores e é importante ouvir os colaboradores para descobrir o que realmente acontece no dia a dia.

Por que fazer um PGR focado em riscos psicossociais?

Porque esses riscos, embora menos visíveis que os físicos, são responsáveis por grande parte dos afastamentos, baixa motivação e perda de talentos. Atender à legislação é fundamental, mas prevenir danos à saúde mental é ainda mais relevante para um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Quais documentos são necessários para o PGR?

Os principais são: registro do levantamento dos perigos e avaliação dos riscos, plano de ação, evidências das medidas adotadas, relatórios periódicos de monitoramento e os indicadores enviados para órgãos fiscalizadores. Com plataformas como a Pesquisa NR1, muitos desses documentos já ficam prontos automaticamente a partir dos dados coletados.

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Aplicar Pesquisa
Victor Sponchiado

SOBRE O AUTOR

Victor Sponchiado

Victor Sponchiado é especialista apaixonado por transformar dados e metodologias em soluções práticas para ambientes corporativos mais saudáveis e seguros. Com experiência em comunicação, tecnologia e consultoria, dedica-se a auxiliar empresas na implementação de estratégias para o diagnóstico e gerenciamento de riscos psicossociais, sempre alinhado às exigências legais da NR-1. Victor acredita que informação visual e inteligência de gestão são aliadas essenciais para promover qualidade de vida no trabalho.

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